Quis correr quarenta quilómetros
Quando soube que cada pedaço teu cá fica.
Comi à pressa, cantei no caminho,
Cri que conseguia cá chegar
Cá cheguei e cá não te encontras.
Rodeei-me de um mundo a preto e branco,
Bati na madeira com delicadeza,
Cantei canções de amor ao meu ouvido
E me apaixonei.
Adormeci no chão, amanheci de madrugada,
Andei às voltas mal desenhadas
De cabeça adormecida e corpo mal erguido
Olhos fechados para ouvir melhor os pássaros,
Mas nada ouvi senão a noite.
Nada ouvi senão aquele ensurdecedor silêncio
Que assombrava o meu quarto,
Ameançando quebrar.
Quando os abri nada vi senão o escuro.
Porque tudo é escuro se não estás.
Parti... Meu coração.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Versos soltos
Já não sei do que sou capaz,
Já não conheço a minha força
Preciso de não me ver...
De não me sentir.
Claras noites dão comigo por baixo da cama
À procura do escuro que traz a minha ausência a mim próprio,
Mas que nunca chega
Por sentir o chão frio,
O corpo desconfortável
E o coração em chamas.
Se não estás, meu amor, eu não quero estar comigo.
Se te vais, meu amor, teu cheiro fica.
Se não vens, meu amor, teu cheiro chega.
Tua pele fugiu-me da mão.
Nela deixou um beijo que eu não apago.
Invisível... sensivelmente visível.
Quente... como o fogo que ateaste ao meu mundo.
Sou como um vento que não sabe para que lado soprar,
Que apaga as pontas dos cigarros mal apagados
Desiludindo o mais pobre dos mendigos,
Que até então parecia não achar maior desilusão.
Desiludi esse mendigo como tanta outra gente.
Desiludi-me então a mim mesmo.
Nunca cheguei a avistar o orgulho que queria que sentissem em mim,
Nem nunca soube ao certo de quem eu queria orgulho.
Não passasse isto de um terrível sonho
E ao acordar sorria como nunca nenhum rico sorriu.
Mas tudo isto é real...
Mas o que é real não passa de realidade,
Ínfima realidade.
O que é real muitas vezes não é verdadeiro.
A verdade só se sente quando se foge à realidade,
E é muito menos vitalícia.
Meu amor, teus lábios são
Um vale onde meus se perdem.
Teu cabelo é um rio onde as minhas mão se afundam.
Teu corpo é só o teu corpo
Sem nada que se assemelhe.
E nele eu toco, beijo e habito.
Nele me agarro para sempre e me protejo.
Meu amor, vem ter comigo
Que eu estou mal acompanhado de mim,
E nunca mais partas,
Porque de ti nada dói mais
Que um beijo de despedida.
Já não conheço a minha força
Preciso de não me ver...
De não me sentir.
Claras noites dão comigo por baixo da cama
À procura do escuro que traz a minha ausência a mim próprio,
Mas que nunca chega
Por sentir o chão frio,
O corpo desconfortável
E o coração em chamas.
Se não estás, meu amor, eu não quero estar comigo.
Se te vais, meu amor, teu cheiro fica.
Se não vens, meu amor, teu cheiro chega.
Tua pele fugiu-me da mão.
Nela deixou um beijo que eu não apago.
Invisível... sensivelmente visível.
Quente... como o fogo que ateaste ao meu mundo.
Sou como um vento que não sabe para que lado soprar,
Que apaga as pontas dos cigarros mal apagados
Desiludindo o mais pobre dos mendigos,
Que até então parecia não achar maior desilusão.
Desiludi esse mendigo como tanta outra gente.
Desiludi-me então a mim mesmo.
Nunca cheguei a avistar o orgulho que queria que sentissem em mim,
Nem nunca soube ao certo de quem eu queria orgulho.
Não passasse isto de um terrível sonho
E ao acordar sorria como nunca nenhum rico sorriu.
Mas tudo isto é real...
Mas o que é real não passa de realidade,
Ínfima realidade.
O que é real muitas vezes não é verdadeiro.
A verdade só se sente quando se foge à realidade,
E é muito menos vitalícia.
Meu amor, teus lábios são
Um vale onde meus se perdem.
Teu cabelo é um rio onde as minhas mão se afundam.
Teu corpo é só o teu corpo
Sem nada que se assemelhe.
E nele eu toco, beijo e habito.
Nele me agarro para sempre e me protejo.
Meu amor, vem ter comigo
Que eu estou mal acompanhado de mim,
E nunca mais partas,
Porque de ti nada dói mais
Que um beijo de despedida.
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